Lomadee


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Saiba mais sobre o Fungo Oídio:


O oídio é uma doença provocada pelo fungo
Uncinula necator Burr. Este fungo é originário
da costa Este dos EUA (1834). Em 1845 chegou a Inglaterra e invadiu toda a Europa, entre
1847 e 1851, chegou a Portugal. Esta doença
é também conhecida como farinha, farinhato,
cinzeiro. O Oídio da vinha é uma doença presente em todos os países vitícolas, variando a
sua incidência com as regiões e as castas. O
oídio é depois da podridão cinzenta, a doença
mais disseminada no mundo.

Taxonomia
Reino  Fungi
Divisão  Eumycota
Sub-divisão Ascomycotina
Classe  Pyrenomycetes
Ordem  Erysiphales
Família  Erysiphaceae
Género    Uncinula Lev.
Espécie             Uncinula necator (Schw.)Burr


Ciclo Biológico
O oídio é causado por um fungo ectoparasita obrigatório, cujo micélio se desenvolve no exterior dos tecidos verdes (folhas, pâmpanos, cachos), aos quais se  fixa através de órgãos chupadores – os haustórios. São estes órgãos que penetram através da cutícula nas células epidérmicas e absorvem os nutrientes das células. O fungo passa o Inverno sob a forma de micélio hibernante (forma assexuada) e/ou sob a forma de cleistotecas (via sexuada). Quando, na Primavera, as condições são favoráveis o fungo inicia o seu desenvolvimento, verificando-se as infecções primárias que podem ser provenientes da via sexuada, as cleistotecas, onde se produzem os ascos e ascósporos, que, ao germinar, produzem micélio, com posterior 
formação de conidióforos e conídios ou da via assexuada, isto é, do micélio hibernante nos gomos, que esporula, produzindo conídios. A partir dos focos primários e se as condições climáticas se mantiverem favoráveis ao desenvolvimento dos fungos podem ocorrer sucessivas contaminações secundárias durante todo o desenvolvimento vegetativo da videira.

Condições de desenvolvimento

Temperatura –  A doença desenvolve-se em períodos de temperaturas baixas (10 ºC) mas
sem produção de esporos, havendo na Primavera um potencial de desenvolvimento da doença. Atinge o óptimo de desenvolvimento entre os 25 e os 28 ºC. Temperaturas acima de 40 ºC são-lhe letais.

Luz – Um ambiente favorável ao desenvolvimento do oídio é aquele em que as vinhas estão ensombradas, muito vigorosas e em condições de luz difusa. Por este facto, o oídio desenvolve-se preferencialmente na página inferior das folhas e nos cachos situados em zonas de iluminação difusa.

Humidade relativa – este elemento possibilita o desenvolvimento da doença acima dos 25%,
sendo duplicada a formação de conídios quando se passa de 30-40% para os 90-100%.

Chuva –  um  fi lme de água à superfície dos tecidos verdes prejudica a germinação dos conídios e impede a formação dos haustórios.
Chuvas abundantes, pelo efeito de lavagem, são inconvenientes ao fungo.


Epidemiologia

A videira está mais receptiva à doença através das folhas jovens, sendo que os períodos de
maior sensibilidade são os cachos visíveis, pré-floração e o fecho do cacho. Os períodos de
receptividade são muito irregulares: desde o aparecimento das folhas até ao aparecimento
dos cachos. A dispersão da doença é favorecida por rajadas de vento, chuvas fracas e pelas
práticas culturais.




Estragos e Prejuízos

A doença pode atacar qualquer órgão verde da planta e a gravidade do ataque depende do
momento em que é realizada infecção, reduzindo o crescimento, o vigor e a fertilidade
das cepas. Sob condições favoráveis, quando o ataque é precoce pode originar a perda total
da produção. Por outro lado os ataques localizados de oídio, para além de abrirem a porta
para a entrada da podridão cinzenta, dão origem a uma diminuição importante, quer do potencial produtivo, pela perda de peso e rendimento, devido à percentagem de bagos mais pequenos e redução do seu número por cacho, quer um efeito depressivo no potencial qualitativo dos vinhos, na acumulação de açúcar, na acidez e na intensidade da cor.


Meios de Protecção

A luta química é indispensável para combater os ataques de oídio, mas a luta cultural pode
ajudar a difi cultar a sua evolução.
No contexto da luta cultural à disposição devemos ter uma atitude preventiva de forma a
reduzir as possibilidades de instalação do fungo. Deve-se por isso ter em conta os seguintes
cuidados:
• Eliminar à poda os órgãos atacados;
• Controlar as infestantes;
• Evitar técnicas que induzam excesso de
vigor;
• Promover correcto arejamento do interior da videira.

A luta química aliada às medidas profi lácticas deve ser feita de forma preventiva, sistemática
e sem descontinuidade, sendo defi nida a oportunidade de intervenção tendo em conta a
maior receptividade da planta à doença (períodos críticos), a climatologia, as características e


modo de acção dos fungicidas.      






Algumas doenças de plantas


Oídio, míldio, podridão… Saiba identificar as doenças das suas plantas. Várias são as doenças que podem afectar as plantas do seu jardim. Damos-lhe, de seguida, uma ideia de como as pode identificar e eliminar.
Enquanto umas costumam afectar as plantas ornamentais, outras só atingem certo tipo de plantas.
Oídio
Uma camada branca e poeirenta sobre as folhas e os rebentos de várias plantas é a sua marca. Ataca com força as macieiras, groselheiras-
de-cachos, videiras, pepinos, pimentos, ervilhas, couves, rábanos, nabos, miosótis e rosas.  A altura mais propícia ao seu aparecimento é quando o tempo está seco, período em que as plantas recebem menos água.  Para evitar o oídio, regue as plantas com abundância. Corte os rebentos atingidos e, em último caso, pulverize com enxofre.
Míldio
Em casos extremos, o míldio pode penetrar nas folhas e matar a planta. Por isso, é importante actuar de imediato – o melhor é destruir a planta ou cubri-la com sulfato de cobre e cal apagada. Entre os seus sintomas encontramos o aparecimento de uma penugem na parte inferior das folhas. Ataca, sobretudo, quando o tempo está quente e húmido.
Podridão Cinzenta
Favorecida pela deficiente circulação de ar, esta doença é caracterizada pelo desenvolvimento de uma penugem cinzenta sobre as folhas, caules ou frutos. Aparece, sobretudo, com o tempo frio e húmido e, para a eliminar, há que cortar e queimar as partes atingidas.
Fumagina
Este é um fungo negro que se desenvolve sobre a melada segregada por alguns insectos sugadores (os pulgões, por exemplo). Retira-se com água e apenas interfere com a quantidade de luz que a planta recebe.
Ferrugem
Pústulas castanhas, vermelhas, amarelas ou negras na parte inferior das folhas e nos caules – são estes os seus sintomas. A ferrugem afecta o desenvolvimento da planta e, em último caso, pode mesmo causar a sua morte. Só os produtos químicos constituem um tratamento fiável. Mesmo assim, pode experimentar retirar as folhas atingidas. As plantas mais sensíveis são as bocas-de-lobo, as íris, as ameixeiras, os pimentos, as cebolinhas e os alhos.
Manchas nas folhas
Provocadas por fungos, elas não apresentam grande gravidade. Exceptua-se a doença das manchas negras que pode trazer sérios problemas às roseiras. Esta última caracteriza-se pelo aparecimento de manchas nas folhas mais velhas, que acabam por amarelecer e morrer. Por isso, retire de imediato as folhas atingidas.
Podridão
Pode atacar os frutos, rebentos, folhas, legumes de raíz e bolbos e é provocada por fungos. Nas plantas lenhosas, esta doença pode ser eliminada cortando as partes afectadas. A podridão pode, ainda, atingir plantas que estejam demasiado densas ou à sombra. No caso dos legumes e bolbos, é importante eliminar os que tiverem feridos ou moles pois podem contagiar os exemplares sãos.
Doenças nas sementeiras
Esta doença tem como consequência o apodrecimento do pé das plantas mais jovens. Para evitá-la, utilize composto comercializado para semear e evite sementeiras densas. Regue, ainda, os vasos e as caixas das sementeiras por baixo – a aspersão ajuda à propagação dos esporos patogénicos.
Cancros
Causando lesões nos caules, os cancros atacam as plantas lenhosas. Em casos extremos, a morte da planta é a última consequência. O cancro atinge, em geral, as árvores de fruto, mas as cerejeiras ornamentais, os chorões e as roseiras também podem ser afectados. Eliminar as partes atingidas é a melhor solução.
Deperecimento
Para combater esta doença, é importante usar sempre composto estéril para as sementeiras e para as plantações por estaca. Essencial é, ainda, eliminar as plantas gravemente atingidas. Cravos, crisântemos, clematites, pepinos e tomates são as plantas mais susceptíveis a esta doença.
Malformações
Exemplos: a hérnia da couve, as galhas, a lepra do pessegueiro e as vassouras-de-bruxa (malformações em forma de caldeirão em algumas árvores). Na sua origem encontramos perturbações no sistema hormonal das plantas, mas esta doença não apresenta alguma gravidade.
Se quiser, e por motivos estéticos, pode retirar estas malformações.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Como Tratar as Doenças das Plantas( parte final)





SINTOMAS: Caules, folhas, flores e botões são cobertos por uma pigmentação cinzenta e apodrecem; as folhas chegam a ficar pretas.

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CAUSAS: Ferrugem de Botrytis, de cor parda.


O QUE FAZER: Evite o excesso de água e de adubos e não deixe as plantas formarem amontoados. Não molhe as folhas. Destrua as partes contaminadas. Pulverize com zineb.



SINTOMAS: Caules e raízes tornam-se moles, escuros e apodrecidos; as folhas inferiores ficam escuras, cheias de água e caídas; a parte superior da planta pode morrer.







CAUSAS: Apodrecimento da coroa, caule e raiz.


O QUE FAZER: Destrua as plantas contaminadas. Para prevenir infestações futuras, evite o excesso de água e adubos e plantas amontoadas. Não molhe a folhagem.


Fonte: Fotos e texto do livro: Plantas e Flores - 1977.

Como Tratar as Doenças das Plantas( parte 4)




SINTOMAS: As folhas e caules ficam brilhantes e pegajosos. As folhas dobram-se e os botões aparecem defeituosos. Pequenos insetos podem ser vistos nas páginas inferiores das folhas, nos caules e nas bases dos botões.





CAUSAS: Os afídios ou pulgões são insetos que geralmente não possuem asas, têm forma de pêra e 3 mm de comprimento. Eles sugam a seiva da planta e excretam um líquido adocicado. Podem ser pretos, verdes, amarelos ou cor-de-rosa.



O QUE FAZER: Retire-os um a um com o auxílio de um palito ou então mate-os com um chumaço de algodão embebido em álcool. Lave a planta com água morna e sabão e enxágue com água morna limpa. As plantas mais atacadas devem ser pulverizadas com malathion ou parathion.


SINTOMAS: As folhas empalidecem, ficam amarelas e caem. Suas superfícies ficam cobertas por uma substância pegajosa. Quando a planta é sacudida, saem voando insetos brancos, que mais se assemelham a pó de tão pequenos.



CAUSAS: Insetos brancos, pequenas moscas de 1,5 mm, fixam-se na página inferior das folhas, onde absorvem a seiva da planta e excretam um líquido doce e pegajoso.



O QUE FAZER: Pulverize com malathion.


SINTOMAS: O crescimento das plantas estaciona; caules e folhas ficam pegajosos; manchas brancas ou marrons aparecem nos caules e nas páginas inferiores das folhas.



CAUSAS: As cochonilhas de escamas, insetos arredondados ou ovais de 3 mm de comprimento e carapaça cerosa, podem ser vistos nas plantas. Eles sugam a seiva e excretam um líquido adocicado.



O QUE FAZER: Retire as cochonilhas esfregando uma escova de dentes molhada em água morna e sabão. Depois, enxágue com água morna limpa. Pulverize com malathion misturado a um óleo emulsionável.


SINTOMAS: As folhas apresentam a superfície raspada e com alguns buracos, relativamente grandes. Pontos prateados aparecem nas folhas, formando rastros.

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CAUSAS: Lesmas e caracóis, cujo tamanho varia entre 1,5 e 10 cm, podem ser vistos na planta: durante o dia embaixo do vaso, ou nas suas bordas e, à noite, nos caules e folhas.


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O QUE FAZER: Retire as lesmas ou caracóis da planta durante a noite e mate-os. Uma boa alternativa é colocar uma travessa com cerveja ou suco de uvas perto do vaso: os animais são atraídos por esses líquidos, e se afogam. Retire os resíduos de plantas da superfície dos vasos e metaldeído ao solo.


SINTOMAS: Pontos de várias cores e tamanhos aparecem nas folhas, e, quando eles se unem, formam grandes manchas. As folhas murcham e morrem.


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CAUSAS: Fungos.



O QUE FAZER: Corte e destrua as folhas infestadas. Evite molhar a folhagem e afaste as plantas umas das outras, a fim de obter boa circulação de ar e umidade atmosférica mais baixa.

Como Tratar as Doenças das Plantas( parte 3)



planta doente

SINTOMAS: Manchas brancas ou amarelas aparecem nas folhas de plantas penugentas, especialmente nas violetas-africanas.

CAUSAS: Queimadura do sol.

O QUE FAZER: Propicie mais sombra à planta, filtrando a luz do sol com cortinas, ou mude-a para perto de uma janela que não receba luz solar direta nas horas mais quentes do dia.



branco superficie terra
SINTOMAS: Uma cobertura branca aparece na superfície da terra ou nas margens e lados do vaso de barro. As folhas que tocam na borda do vaso murcham, apodrecem e caem.

CAUSAS: Acúmulo de sais provenientes dos adubos.

O QUE FAZER: Regue a planta inteiramente, para dissolver os sais. Depois de meia hora, molhe-a novamente para que os sais sejam expelidos pelo buraco de drenagem. Lave bem os lados e margem do vaso e revista essas partes com cera derretida.



SINTOMAS: As raízes ocupam todo o espaço do vaso e passam pelo buraco de drenagem. A planta murcha ou produz apenas pequenas folhas.

CAUSAS: Vaso pequeno.

O QUE FAZER: Replante o vegetal num recipiente um pouco maior que o anterior.








SINTOMAS: O crescimento da planta estaciona; as folhas dobram-se; as flores ficam defeituosas ou escuras; os caules tornam-se tortos e escurecem.





CAUSAS: A planta está sendo sugada pelos ácaros brancos microscópicos, semelhantes à aranhazinhas.



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O QUE FAZER: Pulverize a planta com Thiovit (flor de enxofre a 40%). Separe as plantas atacadas para que a praga não se propague para as demais. Lave bem as mãos após de ter cuidado da planta contaminada, providência necessária para não se transmitir os ácaros às plantas saudáveis.




SINTOMAS: Manchas brancas pubescentes aparecem nos caules, folhas e base dos botões, principalmente nas áreas escondidas da luz. Além disso, as folhas produzem uma substância viscosa que forma uma espécie de pigmentação.







CAUSAS: Pequenos percevejos, insetos de forma ovalada, medindo cerca de 0,5 cm de comprimento, sugam a seiva da planta e excretam um líquido adocicado sobre o qual se formam fungos.



O QUE FAZER: Se os insetos são poucos, retire-os com um chumaço de algodão embebido em álcool e lave a folhagem em água morna corrente (use o chuveirinho). Caso a infestação seja maior, lave as folhas com água morna e sabão; depois enxágüe em água morna corrente. Em último caso, pulverize a planta com malathion.


SINTOMAS: As folhas apresentam manchas brancas que, aos poucos, tornam-se amarelas. Aparecem pequenas teias de aranha, inicialmente nas partes inferiores da planta, junto ao caule; depois entre uma folha e outra.



CAUSAS: Os ácaros, vermelhos ou verdes, sugam a seiva da planta.



O QUE FAZER: Pulverize a folhagem com água morna para retirar os insetos. Em caso de infestação mais grave, pulverize a planta com clorobenzilato, ou parathion.

Como Tratar as Doenças das Plantas( parte 2).


doencas em plantas
SINTOMAS: As pontas das folhas enrolam-se e ficam amarronzadas.

CAUSAS: Falta de umidade.

O QUE FAZER: Aumente a umidade colocando os vasos sobre uma bandeja com pedrinhas e água ou então no interior de um recipiente cheio de esfagno úmido. Borrife as folhas.



planta-doente
SINTOMAS: A planta não dá flores, ou produz apenas algumas, e forma um acúmulo de folhas. Na superfície do vaso, às vezes, um lodo esverdeado.

CAUSAS: Excesso de adubo, principalmente nitrogênio.

O QUE FAZER: Adube com menos freqüência, usando a metade da quantidade indicada na embalagem, principalmente no inverno, quando a planta recebe menos luz. Não use adubo rico em nitrogênio durante o período de crescimento. Não adube na época de dormência da planta.


SINTOMAS: As folhas inferiores tornam-se amareladas e caem; as novas não se desenvolvem e os caules param de crescer.

CAUSAS: Falta de adubos.

O QUE FAZER: Adube frequentemente no período de crescimento da planta.



folhas-amarelas
SINTOMAS: As folhas ficam amareladas, dobram-se e murcham.

CAUSAS: Excesso de calor.

O QUE FAZER: Mude a planta para um lugar mais fresco.






manchas nas folhas
SINTOMAS: Surgem manchas amarelas ou amarronzadas nas folhas.

CAUSAS: Água fria nas folhas.

O QUE FAZER: Ao regar as plantas use água à temperatura ambiente ou um pouco mais alta.



Como Tratar as Doenças das Plantas

Para que saibamos quando as plantas estão doentes, como prevenir e tratar as doenças que surgem. Pensando nas muitas dúvidas que aparecem durante o cultivo de nossas plantas, encontrei esses detalhes em um trecho de livro e resolvi compartilhar aqui. Acredito que será de muita valia para quem adora cultivar plantas e se preocupa se elas estão sempre fortes e saudáveis! Para consulta:


SINTOMAS: Os caules crescem de forma exagerada, as folhas mais velhas ficam longas e desbotadas enquanto as novas não se desenvolvem.

CAUSAS: Pouca luz. Excesso de nitrogênio.

O QUE FAZER: Coloque a planta num local mais iluminado. Reduza o teor dos adubos ou diminua a freqüência das aplicações. 






SINTOMAS: As folhas antigas enrolam-se; as novas não se desenvolvem.

CAUSAS: Excesso de luz.

O QUE FAZER: Coloque a planta num local mais sombreado ou pare de usar adubos para incentivar o crescimento.








doencas-plantas
SINTOMAS: Os caules ficam polpudos, escuros e apodrecem; as folhas inferiores dobram-se e murcham; a terra, na superfície, fica constantemente molhada.

CAUSAS: Excesso de água.

O QUE FAZER: Não regue em quantidade ou com muita freqüência. Molhe apenas quando a terra do vaso estiver seca. Assegure-se de que o buraco de drenagem do vaso não está entupido. Não deixe a água drenada ficar em baixo do vaso mais do que 30 minutos. Diminua as regas ainda mais no período de dormência.


SINTOMAS: As pontas das folhas escurecem e elas acabam murchando. As folhas inferiores ficam amarelas e caem.

CAUSAS: Pouca água.

O QUE FAZER: Regue até que a água escorra pelo buraco de drenagem do vaso. Não molhe outra vez antes da terra secar.



Principais doenças das plantas





Ai, a beleza eterna e intocável dos jardins e de todos os seus habitantes… até o dia em que plantas e flores mudam radicalmente de aspecto e são obrigadas a meter baixa! Para situações de emergência, saiba quais as principais doenças que podem afectar as plantas do seu jardim e a melhor forma de as curar.
Infiltram-se no seu jardim sob os mais variados disfarces, confundindo muitas vezes o próprio jardineiro que nem sempre consegue distinguir os sintomas das principais doenças que afectam as plantas: as bactérias, os fungos e os vírus. Este trio ataca plantas com e sem flores, mas diferem num aspecto – um fungo sobrevive perfeitamente no solo, enquanto uma bactéria ou vírus necessita de uma planta hospedeira para subsistir.

As causas

  • Fungos
    Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por fungos – organismos minúsculos (apenas visíveis debaixo de um microscópio!) que produzem enormes quantidades de esporos (células que se separam e se dividem, sem fecundação, para formarem novas células), que são rapidamente propagados graças ao vento, à água, aos insectos ou aos animais. Existem mais de 10 mil tipos de fungos que, se não conseguem penetrar a cutícula e a epiderme (as barreiras mais fortes de uma planta), atacam as zonas mais sensíveis – os rebentos ou as áreas já danificadas por insectos. Uma planta infectada pode libertar até 100 milhões de esporos, uma quantidade difícil de combater, na medida em que rapidamente degrade as células das plantas, produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das condições climatéricas perfeitas para voltarem a contaminar.
  • Vírus 
    Ainda mais pequenos do que as bactérias, os vírus apenas conseguem reproduzir-se a partir das células da própria planta. Infiltram-se nas plantas a partir das folhas ou do pé, normalmente por zonas já feridas por insectos, mas precisam de um meio de transporte, que pode ser um insecto, o pólen ou algumas sementes infectadas. Uma vez infiltrado, o(s) vírus, sendo que as plantas podem ser atacadas por mais do que um vírus em simultâneo, movimenta-se através dos vasos vasculares, provocando doenças que contaminam o organismo da planta.
  • Bactérias
    As doenças provocadas em plantas por bactérias são as menos frequentes, por uma simples razão – para crescerem e se multiplicarem as bactérias necessitam de água e de calor. Assim sendo, estão mais dependentes de climas quentes e húmidos para contaminarem as plantas. Transportadas pela água, insectos ou animais, as bactérias infiltram-se através de uma flor ou um corte numa folha ou no pé, podendo causar desde danos puramente superficiais, à murchidão ou mesmo a sua morte.
  • Deficiências Nutritivas
    Por vezes, a doença de uma planta não se deve às bactérias, aos fungos e aos vírus, mas sim a uma alimentação pobre. Se apresentar folhas pálidas ou vasos vasculares amarelados, pode ser um sinal que está a sofrer de deficiências nutritivas. Neste caso, o remédio chama-se “um bom fertilizante”, adequado à planta em questão.

Os sintomas

  • Uma planta doente apresenta várias alterações ao nível do seu metabolismo, da cor, dos diferentes órgãos e anatomia, para além de poder passar a produzir substâncias anormais.
  • Alguns sinais de alerta são: míldio (um pó branco); bolores cinzentos ou pretos; bolhas cor de ferrugem; uma massa ou crescimento pretos; pintas pretas; leveduras e o aparecimento de cogumelos, entre outros.

As curas

Com as plantas a requererem “atenção médica”, é claro que o instinto diz-lhe para ir a correr buscar o seu fiel amigo o “pesticida”. No entanto, e porque se trata de um produto com químicos extremamente potentes, que infelizmente ao fazer bem a uma coisa estão a poluir o ambiente, o melhor é estudar todas as outras opções possíveis. Aqui vai uma ajuda:
  • Existem “sintomas” que, parecendo muito graves e estranhas, podem ser puramente passageiros, desaparecendo dentro de poucos dias ou quando o tempo melhorar. Esteja atento!
  • Por vezes, basta remover as flores, os rebentos, as folhas e/ou os pés infectados para eliminar o problema. Não aproveite esses restos para compostagem, desfaça-se deles imediatamente!
  • Em último recurso, recorra ao pesticida adequado, optando por uma solução pouco tóxica. Siga as instruções à risca e lembre-se que não vai resolver a situação ao borrifar o conteúdo de um recipiente inteiro sobre uma pobre doente planta – pode sim, acabar por intensificar o seu problema com a morte da planta, de plantas vizinhas e até do solo!
  • A prevenção é fundamental para um jardim que respira saúde. Quer saber o que fazer? Comece com um solo saudável, isto porque terra com saúde produz plantas com saúde e plantas saudáveis conseguem resistir mais facilmente às doenças. Um solo de qualidade deve ser limoso e enriquecido com fertilizante e técnicas de compostagem.
  • Mantenha o seu jardim livre de ervas daninhas e de detritos de plantas, que são elementos propícios para o desenvolvimento de todo o tipo de doenças.
  • As doenças são muitas vezes transmitidas de planta em planta devido aos utensílios de jardim mal lavados. Assegure que todas as suas ferramentas estejam devidamente desinfectadas (especialmente quando utilizadas para cortar ou eliminar folhas e outras partes doentes), bastando para isso uma mistura de água e lixívia.
  • Durante o processo de rega, tenha cuidado para não salpicar a folhagem das plantas. Ao respingar do solo para as folhas, está a colocá-las em risco de contrair uma doença. Se possível, deve regar de manhã cedo, assim as plantas têm tempo de secar antes do pico do sol que poderá queimar gravemente plantas muito molhadas. Por outro lado, quanto mais tempo as folhas estiverem molhadas, mais probabilidades têm de ser atacadas por bactérias, fungos e vírus.
  • É igualmente importante permitir uma boa circulação de ar entre todas as plantas. Para além de secarem mais rapidamente, as brisas podem facilmente levar as doenças para longe antes de estas terem tempo de se “agarrarem” a uma planta.
  • Se verificar que, ano após ano, os mesmos sintomas e doenças continuam a devastar o seu jardim, seria melhor começar a pensar em introduzir novas variedades de plantas e flores.
  • Quando comprar novas plantas, inspeccione-as muito bem antes de as levar para casa ou opte pelas variedades que se auto-proclamam e que são, de facto, plantas resistentes às doenças.
  • Por último, quando em dúvida consulte um especialista ou adquira um guia sobre as diferentes doenças bacterianas, virais e fungais, bem como os seus respectivos tratamentos, para o auxiliar em situações menos saudáveis!
  • No fundo, mais vale prevenir do que remediar… para um jardim resplandecente!


Importância da Fitopatologia

Importância da Fitopatologia

Fitopatologia é uma palavra de origem grega (Phyton = planta, Pathos = doença e Logos = estudo) e indica a ciência que estuda as doenças das plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle.


O desenvolvimento da Fitopatologia como ciência data de período relativamente curto. Entretanto, o relato de doenças em plantas é bastante antigo e, desde que o homem passou a fixar-se e desenvolver a agricultura como forma de obter alimentos para sua sobrevivência, passou também a enfrentar problemas relacionados à perdas completas de plantações por questões de doenças e pragas. Na Bíblia são encontradas algumas das referências mais antigas com relação a doenças de plantas, como por exemplo, a ferrugem dos cereais e doenças em videiras e olivais. Estes fenômenos eram normalmente atribuídos a causas místicas e/ou castigos divinos.

A Fitopatologia desenvolveu-se ao longo dos anos, começando pelo chamado “período místico”, onde na falta de uma explicação lógica para as causas das doenças, estas eram atribuídas a causas místicas, passando pelos períodos da “predisposição”, “etiológico”, “ecológico”, chegando ao período atual que é denominado de “período fisiológico”, no qual as doenças das plantas passam a ser encaradas com base nas relações fisiológicas entre planta – patógeno, como um processo dinâmico e mutuamente influenciável.

Atualmente, o crescente e contínuo aumento na população mundial fazem crescer a preocupação com a quantidade e a qualidade dos alimentos produzidos. Uma projeção futurista faz-nos levar a imaginar que não teremos alimentos suficientes para alimentar a população terrestre nos próximos anos. Desta forma torna-se necessário buscarmos instrumentos que permitam um aumento na produção de alimentos.
Entretanto, o desenvolvimento da agricultura esta diretamente relacionadas com algumas questões básicas como a influência de solos, clima, pragas e doenças, além, é claro, do desenvolvimento de avanços tecnológicos.

Inserida neste contexto, a Fitopatologia apresenta-se como ferramenta crucial para subsidiar o desenvolvimento da produção agrícola, buscando solucionar os problemas relacionados com o aparecimento de doenças que reduzem a quantidade e a qualidade dos alimentos produzidos.

Em adição, partindo-se da observação de que, dentre as diferentes espécies existentes há aquelas que, espontaneamente, são resistentes ou suscetíveis a determinados fungos, experimentos direcionados para a identificação dos aspectos bioquímicos e moleculares envolvidos no mecanismo de interação planta – patógeno, envolvendo as espécies de importância econômica para os estados brasileiros.

Os conhecimentos gerados nas diferentes linhas de pesquisa dentro da área de Fitopatologia poderão ser utilizados em programas de melhoramento genético, visando o desenvolvimento de cultivares resistentes/tolerantes à doenças, garantindo, assim, um incremento na produtividade destas culturas.



Olá, gostaria de me apresentar. meu nome é Dilza Mendes e sou Fitopatologista, para quem não sabe, é a pessoa formada em fitopatologia. Logo abaixo irei falar um poco sobre a fitopatologia. um grande abraço a todos.