Lomadee


domingo, 6 de janeiro de 2013

Doenças do Arroz:

Olá, hoje nós vamos abordar sobre 2 doenças que são comuns no cultivo do Arroz. São elas: Mancha- Parda e Brusone.

Mancha-Parda:


Causada pelo fungo Drechslera oryzae, a mancha parda manifesta-se principalmente nas folhas e nas glumas, podendo ocorrer também no coleóptilo, bainhas e espiguetas. As sementes infectadas apresentam redução significativa na germinação e a ocorrência do fungo nos grãos resulta em queda acentuada no rendimento de engenho.
 Sintomas
Os sintomas nas folhas são manchas ovais de cor marrom, distribuídas com relativa uniformidade sobre a superfície foliar, podendo apresentar centro branco ou cinza quando completamente desenvolvidas. As manchas novas ou ainda não desenvolvidas são pequenas e circulares com cor marrom-escura 
  Condições favoráveis
É uma doença comum em solos pobres em nutrientes podendo-se agravar quando a deficiência for de silício, potássio, magnésio, ferro e zinco e em solos mal drenados, devido ao acúmulo de substâncias tóxicas que prejudicam a absorção de nutrientes. O estresse hídrico provocado por falta de água também aumenta a suscetibilidade das plantas à doença.
 Controle
Para o controle da mancha parda recomenda-se o uso de cultivares resistentes ou práticas culturais, como preparo adequado do solo, nivelamento, adubação equilibrada e um bom manejo de solo.
Sementes oriundas de lavouras infectadas devem ser tratadas com fungicidas     

Brusone:
Causada pelo fungo Pyricularia oryzae, a brusone é considerada a doença mais importante para cultura do arroz, por provocar perdas que podem chegar a 60%. Esta doença se manifesta em toda a parte aérea da planta, desde os estádios iniciais de desenvolvimento até a fase final de produção de grãos. Entretanto, os sintomas são observados principalmente nas folhas no início do perfilhamento e nas panículas a partir do pleno florescimento.

Sintomas
Observam-se inicialmente nas folhas, pequenas pontuações de coloração castanha que evoluem para manchas alongadas com margem marrom e centro claro. Nas cultivares suscetíveis, a margem marrom muitas vezes é substituída por um halo amarelado. Nas cultivares resistentes se observam somente pequenas manchas marrom do tamanho da cabeça de um alfinete.
Nas panículas, o fungo pode atacar o nó basal, a raque e as ramificações. A infecção do nó basal da panícula é conhecida como brusone de pescoço. Se a infecção ocorrer logo após a emissão da panícula, os grãos não são formados e a mesma permanece ereta. Quando a panícula é infectada tardiamente, há um enchimento parcial dos grãos, e em alguns casos, por causa de seu peso, ocorre a quebra da base da panícula.
 
Condições favoráveis
A brusone é favorecida pelo uso excessivo de nitrogênio e pelo plantio em solos com alto teor de matéria orgânica. A ocorrência frequente de orvalho, neblina e chuvas fracas, em períodos com temperaturas entre 20-30ºC são ideais para o desenvolvimento da doença. O uso continuado de uma mesma cultivar pode promover o aumento gradativo da incidência e severidade da doença.

Controle
Cultivares inicialmente resistentes tem a resistência superada poucos anos após seu lançamento, devido à elevada variabilidade genética do patógeno. Em função disso, deve-se realizar a rotação de cultivares associada à adubação equilibrada.
Nas regiões onde a ocorrência de brusone é frequente, recomenda-se a aplicação de fungicidas (Tabela abaixo). Nos casos onde a incidência da doença é elevada, devem-se realizar duas aplicações, sendo a primeira realizada no final do emborrachamento (final de R2), e a segunda no pleno florescimento (entre R3 e R4), cerca de 15 dias após a primeira aplicação.  Em situações de incidência moderada recomenda-se uma única aplicação, quando cerca de 5% das plantas estiverem florescidas (Estádio R3


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