Lomadee


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Doença do meloeiro (Cucumis melo) causadas por vírus:

Amarelão do meloeiro – Melon yellowing associated virus (MYaV): Esta é uma nova virose emergente causada por uma nova espécie de flexivírus tentativamente denominada de Melon yellowing associated virus (MyaV. Evidências experimentais indicam ser transmitida pela mosca branca, Bemisia tabaci biotipo B. O vírus apresenta partículas alongadas flexuosas com aproximadamente 780nm de comprimento por 1 nm de diâmetro. Este vírus encontra-se largamente disseminado nos principais estados produtores de melão como Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. À primeira vista, os sintomas do amarelão podem ser confundidos com os causados por crinivírus ou mesmo de tratar-se de problemas de nutrição da planta. Uma característica desse vírus é que os sintomas se manifestam tardiamente, em geral, 5 dias após o plantio. As folhas mais velhas mostram uma forte clorose com coloração amarela intensa e as intermediárias frequentemente mosaico com pontuações cloróticas (Figura ). Os ponteiros das ramas podem permanecer assintomáticos. Campos com altas infestações do vírus tomam a coloração de amarelo intenso de fácil visualização. O número e tamanho de frutos permanecem como de uma planta sadia, porém, o teor de açúcar (brix) no fruto pode cair drasticamente, não se prestando para comercialização. Ainda não existem muitas informações acerca da gama de hospedeiros desse vírus, mas observa-se que, além do melão, a abóbora rasteira (Cucurbita moschata) naturalmente infectada pelo vírus. Aparentemente esse vírus não infecta em condições naturais a cultura da melancia. O controle dessa virose é bastante difícil em campo aberto sem proteção com malha devido à alta população de mosca-branca e inóculo presentes nos campos de produção. De maneira geral, deve-se retardar ao máximo a infecção. Isto pode ser feito evitando-se o plantio de novos campos ao lado de campos com altas incidências do vírus ou, então, a utilização de tecido-não-tecido sobre as plantas nos estágios iniciais de seu desenvolvimento. Tanto quanto possível, não devem ser permitidas altas populações de mosca-branca no campo, mas tendo em conta que se inóculo do vírus está presente no campo, uma baixa população de mosca-branca pode rapidamente infestar todas as lavouras de melão da região. A medida mais importante a ser considerada é o isolamento da cultura em relação a campos com altas infestações. A utilização de tecido não tecido na proteção da planta no campo tem mostrado ser uma eficiente maneira de evitar a infecção precoce. Até o presente ainda não existem disponíveis no mercado híbridos de melão com resistência ao MYaV. Evidências experimentais demonstram que esse vírus não é transmitido pela semente.

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