sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Protótipo criado pela Embrapa detecta doença que afeta pomares de laranja
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu o protótipo de um equipamento capaz de diagnosticar de forma rápida uma doença comum em plantações de laranja, conhecida como HLB ou greening, a mais destrutiva nos pomares brasileiros. A grande vantagem da técnica é identificar as plantas doentes antes que os sintomas apareçam. O HLB é uma doença sem cura causada por bactéria, com potencial de acabar com toda a plantação. Quanto antes o diagnóstico for feito, melhor.
O aparelho chamado Photon-Citrus é compacto e tem baixo custo de análise. Já passou pelas fases de pesquisa e estudos em laboratório, e os resultados animam os cerca de 30 pesquisadores envolvidos no projeto.
“Nós temos estudos em laboratório que mostram as taxas de acerto em torno de 90% em relação às três classes de folhas: sadias, sintomáticas e assintomáticas”, conta a pesquisadora da Embrapa Anielle Ranulfi, doutoranda em Física Aplicada na Universidade de São Paulo (USP). Ela está em Brasília apresentando o projeto no Pavilhão do Parque da Cidade, durante a 12ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que vai até domingo.
Atualmente o diagnóstico da doença é feito por meio de inspeção visual, a olho nu, porque a outra opção é um exame de DNA que tem custo inviável para os produtores. “Uma equipe treinada pela própria fazenda caminha pelo pomar e busca os sintomas da doença nas plantas. Uma vez detectada a doença, o pé é erradicado para evitar que a bactéria seja transmitida para plantas sadias”, explica a pesquisadora.
Segundo ela, o principal problema dessa técnica é que quando a planta apresenta sintomas, a doença já está em uma fase avançada. “A acurácia do método de inspeção visual é baixa, de 50% em relação às plantas sintomáticas. E a fase assintomática é muito longa, então por um longo período as plantas ficam no campo sem que o produtor saiba que ela está doente e transmitindo a bactéria para plantas sadias.”
A transmissão da doença é feita por um inseto, que após se alimentar na planta doente, pode conduzir a bactéria até uma planta sadia.
O aparelho usa uma técnica chamada espectroscopia de fluorescência. “O aparelho tem um LED que ao incidir sobre a folha excita alguns compostos, e esses compostos respondem também emitindo luz. Essa luz é captada e separada nos seus diferentes comprimentos de ondas no equipamento e como resposta final a gente tem o espectro de fluorescência.”
A técnica foi desenvolvida partindo do fato de que plantas sadias tem uma composição química diferente da de plantas doentes. “A gente consegue fazer esse diagnóstico por meio das diferenças no perfil espectral obtido”, explica a cientista.
Segundo Anielle, o aparelho pode aumentar o controle da doença nos pomares. “Como a medição é simples e rápida, permite que os produtores testem todo o pomar, e eles podem até construir mapas de infestação da doença, por exemplo, para tratar as regiões com maior infestação de forma diferente, evitando o uso exagerado de agrotóxicos.”
O protótipo está em fase final de testes na Embrapa, prevista para encerrar em 2016, e o pedido de patente pela invenção já foi feito.
“A Embrapa não pode produzir ou comercializar, então a nossa intenção é transferir essa tecnologia para uma empresa que esteja disposta a produzir o equipamento”, conta Anielle. “A técnica agora está sendo estudada para outras culturas também”, contou.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Aprenda a fazer repelente caseiro e evite a dengue
A dengue é uma das principais doenças causadas por mosquitos. Ela é transmitida por meio da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses, em toda a vida dele (45 dias, em média), pode contaminar até 300 pessoas.
A dica é preparar este repelente caseiro, com ingredientes de grande disponibilidade, fácil de preparar em casa, de agradável aroma e econômico.
Ele protege as pessoas e, ao mesmo tempo, diminui a fonte de proteína do sangue humano para o Aedes maturar seus ovos, atrapalhando assim, a proliferação.
Receita para o repelente:
1/2 litro de álcool
1 pacote de cravo da Índia (10 gr)
1 vidro de óleo de nenê (100ml)
Deixe o cravo curtindo no álcool uns quatro dias agitando, cedo e de tarde;
Depois coloque o óleo corporal (pode ser de amêndoas, camomila, erva-doce ou aloe vera).
Passe só uma gota no braço e pernas e o mosquito foge do cômodo.
O repelente evita que o mosquito sugue o sangue, assim, ele não consegue maturar os ovos e atrapalha a postura, vai diminuindo a proliferação.
Indicadas para todo tipo de mal, ervas medicinais mantêm viva tradição secular em Manaus A vendedora de ervas medicinais Judith Formoso, 79, garante que as receitas dão certo. Ela trabalha há mais de 50 anos com as plantas e atende centenas de pessoas diariamente
O verde do boldo, do mastruz, da erva cidreira, do capim santo, amor crescido, corama, saião, entre outras variadas plantas medicinais, fazem do Box 47 um dos mais atraentes do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro. De longe dá para sentir o cheiro das ervas, muito procuradas para tratamentos alternativos.
A vendedora de ervas medicinais Judith Formoso, 79, garante que as receitas dão certo. Ela trabalha há mais de 50 anos com as plantas e atende centenas de pessoas diariamente, que a procuram em busca de “bom chá” para curar todo tipo de doença.
“Os manauenses gostam de tomar chá para curar doenças e isso acaba despertando a curiosidade dos turistas, que chegam a minha banca curiosos para saber para que servem tantas plantas”, contou. Enquanto concedia a entrevista, clientes chegavam a todo o momento para comprar ervas. Fosse para crescer cabelo, para inflamação na pele, rinite, e até para arrumar um companheiro. “Para arrumar marido tem a essência da bota, mas é mais para quem tem fé e pensamento forte”, brinca.
Paciente e bem humorada, Judith ensina como fazer os chás, xaropes e banhos. “Essas ervas fazem um bem danado. Claro que existem doenças que é preciso da medicina convencional, que é o mais indicado. Mas os chás complementam os tratamentos e posso afirmar que dão certo”, garante a vendedora.
Judith ensina chá até para “refrescar a memória”. “Tem a folha de santo Cristo, boa pra memória e para menino preguiçoso. Também é usada para pessoas que bebem muita cerveja, bom pra largar o vício”. Já para queda de cabelo, ela recomenda passar amor crescido batido no couro cabeludo.
O amarelo dos óleos e o marrom das cascas das árvores também chamam a atenção, mas a cor que se destaca é o verde das plantas, pelo qual ela é apaixonada desde adolescente. “Aprendi desde jovem, quando fui interna no Patronato Santa Terezinha. Qualquer matinho para mim era especial”, lembra.
Herança
Viúva, filha de nordestinos, mas nascida em Manaus, a feirante casou com um filho de português que tinha uma horta na avenida Leonardo Malcher, no Centro. “Era uma horta muito grande, tinha todos os tipos de verduras e plantas”.
Aos 21 anos, ela passou a ajudar a sogra a vender as verduras no mercado, onde trabalha até hoje. “Ela gostava de me trazer porque dizia que eu atraía cliente. Agradeço muito à minha sogra, que me deixou essa banca como herança, e é meu ‘ganha pão’ até hoje”.
Ela conta que, uma das melhores coisas que aconteceu na vida dela nos últimos anos em Manaus, foi a entrega do mercado. “Passamos oito anos sofrendo, sem o nosso mercadão. Essa cidade não é a mesma sem este símbolo histórico. E eu sou muito feliz em trabalhar aqui”.
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